Se observarmos um pouco mais, veremos que algumas destas pessoas que “parecem ter menos sorte” querem muito ter um relacionamento. Até terem! O que quero dizer é que, quando estão solteiras, se queixam de não ter uma companhia, dizem-se desejosas de ter alguém, chegam a se lamentar pensando que seu destino é a solidão. Quando finalmente encontram um par e iniciam um relacionamento sério, encontram uma infinidade de defeitos na outra pessoa e na própria situação de ter um compromisso. O outro é muito implicante, muito ciumento, pouco divertido, mal-humorado... Surge a saudade de não ter compromisso com ninguém, de poder decidir sozinho (a) o que fazer em uma sexta-feira à noite... Nestes casos, é fácil termos a impressão de que a pessoa na realidade não queria um relacionamento sério, ou pelo menos não queria tanto assim. Será que é isso mesmo?
Qualquer escolha que façamos em nossas vidas nos fará abrir mão de certas coisas. Se escolhemos ser solteiros(as), perdemos a companhia de um(a) namorado(a). Se escolhemos ter alguém, perdemos a liberdade de não precisar dar satisfação sobre o que fazemos. Antes de qualquer escolha, é preciso, então, que avaliemos se os ganhos compensarão as perdas. Se ter uma companhia for mais importante do que não precisar dar satisfação a ninguém, aí sim vale a pena namorar. Caso contrário, estar solteiro(a) é a melhor opção. O que não se pode é pensar que é possível ter todas as vantagens de todas as situações. Há que se aceitar perder algo bom em prol de algo melhor ainda.
Existem também outros casos em que a dificuldade não está em abrir mão de certas vantagens, mas no motivo que leva uma pessoa a querer ter uma relação séria. Há quem queira encontrar um amor somente para preencher um vazio. Quando isso acontece, o outro passa a ter uma imensa responsabilidade, a de ocupar um espaço que foi deixado por algo ou alguém no passado. O (a) companheiro (a) sofre, assim, a pressão da expectativa de que se encaixe com perfeição naquele lugar que lhe foi destinado. Mesmo quando o outro se adéqua ao tal lugar, seria um engano acreditar que vazios internos podem ser preenchidos dessa maneira. O vazio continua lá, apenas fica disfarçado, camuflado. Nesse caso, a tendência é a surgir a decepção pelo fato de a outra pessoa não ter atendido determinadas expectativas.
Tudo isso nos mostra que encontrar um par é um processo que começa muito antes da busca efetiva por ele. O mais adequado é que a reflexão seja o primeiro passo, devendo vir antes das atitudes. Antes de sair à procura de um par, o ideal seria que
Psicóloga
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